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2020-04-09 - Gestão e planejamento agrícola

Soja em tempos de pandemia: a oportunidade e os cuidados que os produtores mais atentos já perceberam

Soja em tempos de pandemia: a oportunidade e os cuidados que os produtores mais atentos já perceberam

A pandemia do Covid-19 alterou toda a cadeia econômica brasileira. Por mais que setores imprescindíveis mantenham suas atividades, rotinas foram alteradas e prazos revistos. O câmbio também sofreu com uma escalada e o dólar na casa dos 5 reais é uma realidade. No âmbito da agricultura, segue a máxima de que as lavouras precisam continuar, para não haver qualquer risco de desabastecimento. E, apesar das atividades no campo continuarem em ritmo acelerado, o agro é afetado pelos efeitos colaterais de toda essa crise e precisa estar atento às oportunidades e aos riscos.

Dentro desta perspectiva, mais do que nunca, é preciso valorizar o planejamento no campo e a otimização dos processos. Segundo Ismael Menezes, sócio proprietário da MD Commodities, grande parte dos agricultores no Brasil que trabalham com mercado futuro já perceberam a necessidade de ter esta visão. Ismael acrescenta que as negociações de soja no mercado brasileiro foram beneficiadas durante a crise global, principalmente por conta dos movimentos agressivos nas cotações de câmbio que propiciaram altas históricas da cultura.

Porém, a escalada do dólar tem exigido muita atenção por parte dos agricultores. Ao mesmo tempo em que ele mantém firme o preço da saca do mercado interno, o outro lado da moeda exerce uma pressão de alta nos preços dos insumos importados, como boa parte dos fertilizantes E isto pode aumentar o custo de produção da próxima safra, pressionando as margens.

Conrado Fioretto, diretor de novos negócios da Laborsolo, acredita que é o momento do produtor aproveitar a cotação histórica da soja para garantir a lucratividade da lavoura. Mas para isso é preciso se atentar ao custo, que possivelmente estará pressionado pelo dólar e possíveis complicações logísticas. 

Ele acrescenta que é hora do produtor antecipar ao máximo a avaliação da fertilidade do seu solo, para poder definir com clareza quais produtos e manejos serão necessários em cada talhão. Com isso, aproveitará com inteligência a recente melhoria na relação de troca entre fertilizantes e soja e se prevenirá do cenário incerto e com viés negativo que se vê pela frente. “Não tem nada mais danoso à lucratividade da lavoura do que fechar compras antecipadas no desespero, sem planejamento, sem diagnóstico, que só resultam em aplicações desnecessárias, trazendo tão somente gastos sem qualquer lógica, podendo até derrubar a produtividade”, argumenta. 

Aplicar os produtos certos, na medida certa e construir um solo saudável sob os aspectos químico, físico e biológico são a chave para um alto retorno sobre o investimento. Fioretto menciona ainda que “é o momento de a Laborsolo ser a fiel escudeira do produtor e de quem lhe presta assistência. Mais do que nunca, é preciso que o diagnóstico seja priorizado e agilizado”.