2017-08-21 - Corneta do Agro, Análise de tecido foliar
Começou a "temporada" de compra de fertilizantes foliares
A aplicação de fertilizantes foliares passou nos últimos anos a se tornar praxe nas recomendações agronômicas, fazendo parte dos 'pacotes' de insumos oferecidos aos produtores.
O problema dessas recomendações são os critérios empregados para sua aplicação: ou seja, nenhum.
As aplicações na maior parte das vezes são feitas de forma aleatória, apenas para cumprir programas de adubações foliares, muitas das vezes proposta como tabelas de adubações, como se todas as lavouras se comportassem da mesma forma, independente de solo, fatores climáticos, sementes, etc.
"Compre este aqui, é uma formula completa, daí você faz só uma aplicação com tudo"
Essas "fórmulas completas", vendidas como a solução para todos os problemas, são o maior perigo. Explico: quando se aplica uma fórmula com muitos elementos provoca-se uma competição por absorção iônica nas folhas. Essa concorrência pode provocar um desequilíbrio nutricional ainda maior. Se um determinado elemento não está deficiência, ele poderá ser absorvido em detrimento de outro que estaria em deficiência, ou seja, aumentamos a oferta do desnecessário para a planta e prejudicamos a absorção do elemento limitante.
Dessa forma, para se aplicar qualquer fertilizante foliar deve-se antes se fazer um diagnóstico para avaliar a real necessidade das plantas. Isto é, se a planta estiver com "fome" de zinco, qual a vantagem de se aplicar manganês? Porque não aplicar apenas o Zinco?
Para tanto não se concebe adubações foliares aleatórias sem análise das plantas. Considere ainda a avaliação pelas normas DRIS para se descobrir qual o nutriente que realmente se encontra limitante e ACERTE NO ALVO.
Não compre no escuro.