2015-10-20 - Mercado Agrícola, Análise de corretivos, Análise de fertilizante mineral
Audiência pública interativa debate sobre minerais para a agricultura e a pecuária
Foi realizada nesta segunda-feira (19/10) uma audiência pública interativa para discutir a disponibilidade de insumos minerais para a agricultura e pecuária. Foram convidados para o debate o diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho; o secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo); José Alberto Nunes e o consultor na Área de Biotecnologia da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré.
Com três senadores titulares e três suplentes, a subcomissão, que funciona no âmbito da Comissão de Serviços de Infraestrutura, tem como tarefa elaborar um novo marco regulatório para o setor, um dos objetivos da Agenda Brasil. A subcomissão realizará série de sete audiências públicas para embasar a formulação de um projeto.
O Senador Wilder Morais (Goiás) abriu as discussões, falando sobre a importância dos minerais para o aumento da produtividade, principalmente no centro-oeste, que depende da correção do solo para o crescimento de sua área produtiva.
Na sequência David Roquetti Filho, diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos - ANDA fala sobre a importância dos fertilizantes minerais e sobre o Projeto de Lei 5807/2013, que trata da atividade de mineração. Sua explanação mostra que os fertilizantes minerais são responsáveis por 0,75 do PIB brasileiro, o que corresponde a 3,1% do PIB do Agronegócio.
Ele apresenta ainda dados estatísticos de produtividade por região, com as projeções de produtividades máximas possíveis.
O terceiro a tomar a palavra foi o Senador Jorge Viana (Acre) que defende a política adequada para os insumos agrícolas, que não tem sido tratado com a devida importância pelo poder público, inclusive com a necessidade de um programa que democratize o acesso ao uso de fertilizantes.
Na sequência foi a vez de José Alberto Silva, Secretário Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal - ABISOLO, destaca a responsabiildade da indústria na nutrição vegetal e da tecnologia para o aumento da produtividade, que ao longo dos anos, por exemplo, elevou a produção de algodão em Goiás de 140 arrobas para mais de 400 arrobas por hectare. Ele destaca ainda que toda a tecnologia disponível para aumento da produtividade, como sementes modificadas, só terá efetividade no Brasil quando houver a consciência da importância da nutrição vegetal.
O último debatedor a falar foi o Domingos Sávio, Representante do Sindicato da Indústria de Calcário, Cal e Derivados do Estado de Goiás - SININCEG/GO, que abordou o teor econômico e ecológico do calcário, já que o Brasil possui dois terços de seu solo com acidez elevada, mas também dispõe de rochas calcárias, que são suficientes para a sua correção, evitando adubações desequilibradas. A correção do solo é fundamental para evitar o uso de fertilizantes importados, caros e que podem não ser devidamente absorvidos pela acidez.
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