Labor news

2016-12-21 - Análise de tecido foliar

DRIS para Tomate também é viável para pequeno produtor

O tomateiro é, dentre as hortaliças comerciais, uma das espécies com maior exigência de adubação. Disponibilizar corretamente os nutrientes durante o desenvolvimento da planta irá determinar não só a produtividade do tomateiro, mas também a qualidade e durabilidade do tomate após a colheita e venda como também impacta diretamente nos custos do produtor.

O cultivo de tomate é frequente em propriedades da agricultura familiar, em áreas pequenas, cultivo em substrato e estufas, o que demostra a importância da redução de custos e mão de obra para estes produtores.

As particularidades da exigência nutricional do tomateiro é grande, já que até a fase de aparecimento das primeiras flores a absorção de nutrientes é baixa, a partir do florescimento até o crescimento dos frutos a absorção aumenta e volta a decrescer durante a maturação dos frutos, o mais complexo desta questão nutricional é que, apesar da pequena quantidade de nutrientes extraída pelo tomateiro, sua necessidade de adubação é alta pois a taxa de absorção é baixa, no caso de fertilizantes fosfatados é de aproximadamente 10%.

A maior demanda de nutrientes para o tomate é de cálcio e magnésio, daí a importancia da análise de solo ou da análise do substrato, deficiências destes nutrientes além de tornar a planta mais sensível a pragas e doenças como Cochonilha, Mosca-branca (Bemisia tabaci), Podridão apical, Virose “vira cabeça”, Vírus dourado, Besouro serrador (Oncideres impluviata) e Infecções bacterianas, também prejudicam a qualidade dos frutos.

No caso de cultivo em ambiente protegido (estufas) onde se utiliza a fertirrigação, pode ocorrer o acúmulo de sais dissolvidos na zona radicular, o que pode elevar os níveis de salinidade do solo.

Estudos diversos publicados no país indicam que os macronutrientes mais absorvidos pelo tomateiro são em ordem decrescente nitrogênio, potássio, cálcio, enxofre, magnésio e fósforo, já os micronutrientes são boro, zinco, cobre, manganês e ferro.

Em estudo realizado por Scucuglia (2012) utilizando o método DRIS, as plantas que apresentaram as menores produções havia maior deficiência de Potássio e Boro, seguido de Fósforo, Cobre, Manganês e Zinco, nestas mesmas plantas foram identificados teores excessivos de Magnésio, Nitrogênio, Fósforo e Ferro.

Dados como estes demonstram a necessidade de, mesmo pequenas propriedades de agricultura familiar, realizarem análises de foliares com o método DRIS, a fim de realizarem adubação ou suplementação foliar mais precisas, garantindo os nutrientes básicos necessários ao bom desenvolvimento da planta e dos frutos, racionalizando o uso de insumos, aumentando assim sua lucratividade.

Mesmo pequenos produtores podem ter acesso a este tipo de informação, visto que o custo da realização de uma análise foliar é acessível também a agricultores familiares, ainda mais com o banco de dados de DRIS para Tomate disponibilizado pela Laborsolo.