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2016-10-18 - Análise de tecido foliar

O milho está em alta! Aumente a lucratividade com a Análise Foliar!

Você, nosso leitor, já sabe a importância da Análise Foliar para o desenvolvimento das plantas, acabamos por utilizar com mais frequência a soja como ponto de referencia para as explicações, mas como na safra 2016/2017 o milho está ganhando espaço, achamos adequado fazer um resumo de como proceder para aumentar a sua lucratividade.

As diversas pesquisas publicadas no país indicam que o milho exige altas concentrações de nitrogênio e potássio, justamente dois dos fertilizantes mais caros do mercado, por serem importados. Na sequência vem a demanda de cálcio, magnésio e fósforo, conforme mostra a tabela abaixo de um estudo de COELHO et al, publicado pelo INPI.

milho

Com relação aos micronutrientes, as quantidades requeridas pelas plantas de milho são muito pequenas. Por exemplo, para uma produção de 9 t de grãos/ha, são extraídos: 2.100 g de ferro, 340 g de manganês, 110 g de cobre, 400 g de zinco, 170 g de boro e 9 g de molibdênio. Entretanto, a deficiência de um deles pode ter tanto efeito na desorganização de processos metabólicos quanto a deficiência de um macronutriente como, por exemplo, o nitrogênio.

Considerando esta informação de demanda nutricional e as graves consequências de uma deficiência, como a redução da quantidade de espigas, redução da quantidade de fileiras por espigas e diminuição dos grãos, é preciso se precaver, e a melhor forma de fazer isso não é através de uma adubação "para garantir", mas sim da análise foliar precoce através do DRIS.

Quando realizar a análise foliar do Milho

Quando se realiza a análise foliar do milho por nível de suficiência é preciso esperar o aparecimento dos cabelos na primeira espiga (embonecamento), no entanto quando isso acontece a espiga já está se formando, e certamente será tarde demais para reverter diversas deficiências. Pense da seguinte forma, o embonecamento acontece no estádio R1, com a espiga já em formação, muito próximo do início do enchimento dos grãos. Coletar a amostra apenas nesta fase, enviar para análise, aguardar o resultado, adquirir e aplicar o fertilizante pode afetar demasiadamente a produtividade futura.

Justamente por isso recomenda-se a realização da Análise Foliar de milho por DRIS, oferecida pela Laborsolo, onde você deverá coletar a terceira folha de cima para baixo, assim que ela completar a sua expansão, no estádio V3, o que dá aproximadamente 35 a 40 dias após a emergência (aproximadamente 20 a 25 dias antes do estádio R1). Coletando-se neste momento, considerando o prazo para envio da amostra, análise e compra de insumos (somente os necessários indicados pelo balanço nutricional, você irá economizar nos insumos e garantir o pleno desenvolvimento da planta, de forma a não afetar a formação das espigas e o enchimento do grão.)

Exportação de nutrientes: grãos e palhada

No que se refere à exportação dos nutrientes nos grãos, o fósforo é quase todo translocado para as sementes (80 a 90%), seguindo-se o nitrogênio (75%), o enxofre (60%), o magnésio (50%), o potássio (20-30%) e o cálcio (10-15%). Isso implica que a incorporação dos restos culturais do milho devolve ao solo grande parte dos nutrientes, principalmente potássio e cálcio, contidos na palhada.

Quando o milho é colhido para silagem, além dos grãos, a parte vegetativa também é removida, havendo consequentemente alta extração e exportação de nutrientes (Tabela 1). Assim, problemas de fertilidade do solo se manifestarão mais cedo na produção de silagem do que na produção de grãos, principalmente se a primeira for obtida de uma mesma área por vários anos consecutivos e se não for adotado um sistema de manejo de solo e adubações adequadas. Um programa de calagem e adubação, visando à manutenção de altas produtividades, requer um monitoramento periódico do índice de fertilidade do solo, através da análise química, para se evitar o empobrecimento e/ou o desbalanço de nutrientes no solo.